O desflorestamento desafia a continuidade  da biodiversidade em gaza

 A  cobertura florestal reduziu continuamente ao longo do tempo em Gaza, observando – se uma perda de 55.000 hectares entre 1972-2016 segundo um estudo feito pelo observatório do meio rural sobre cobertura florestal naquele ponto do Pais . 

 O mesmo estudo aponta que Mabalane é um dos distritos que mais regista a destruição massiva de florestas para a produção de carvão, à semelhança de Chicualacuala, Chibuto e Mapai, distritos que foram considerados pelo governo em 2017 como aqueles que apresentam um risco de se transformar num deserto devido a exploração desenfreada das florestas.

Segundo, Narciso Cerveja,  Director dos servicos distritais das actividades económicas(SDAE) Mabalane já está na linha vermelha e está  interdita a  exploração de carvão naquela área devido ao desmatamento e pelo facto das árvores levarem volta de 150 a 200 anos para crescer.

Contudo, o Carvoeiro Roberto Machava  afirma que a falta de opções para a sobrevivência faz com que vejam nessa actividade a única solução para a garantia do bem estar da família face as dificuldades que enfrentam no dia a dia ‘’Os fiscais já disseram que devemos deixar de cortar carvão pois  cada vez mais que cortamos  carvão a floresta está a ser devastada, mas não há outro meio porque se deixarmos de produzir carvão vamos ficar sem trabalho, não há outro trabalho”,  disse Machava.

Para o ambientalista, Adelson Muthemba a  exploração florestal no distrito tem comprometido o meio ambiente e  que o desflorestamento massivo causa o aquecimeto do clima reduzindo a chuva e provocando uma crise climática, dai urge a necessidade de se tomar de decisões imediatas antes que o pior aconteça.

De salientar que Moçambique perde anualmente cerca de 86 mil  hectares, o equivalente a mais de 120 mil campos de futebol, sobretudo devido ao desmatamento.

Créditos: Eduardo Melembe