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Persiste em Tenga a falta de acesso a água potável

Dois anos depois de ter-se inaugurado uma conduta de água da FIPAG, em Pessene, que parte de Sabié e passa pela localidade de Tenga, moradores continuam sem acesso à agua potável. A conduta transporta diariamente 60 metros cúbicos de água potável equivalente a 60 milhões de litros de água, sendo que a população de Tenga é composta por cerca de 26 mil habitantes, precisando apenas de 4,7% da capacidade da conduta para ter água potável. 

Orlando, um dos moradores de Tenga, diz que nunca bebeu água potável naquela zona.  “ Desde que eu vim viver aqui, nunca bebi água limpa, bebemos água de um poço cheio de sapos, enquanto aqui passa uma conduta de água que vai de Marracuene”. 

De acordo com líder comunitário de Tenga, Fidalgo Baptista, a quando da inauguração da conduta de água em Pessene, o Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, prometeu também que a conduta também iria disponibilizar água para a população de Tenga. “Em 2020 prometeu que logo que acaba-se aquela conduta iam canalizar água em todas as casas, até agora só canalizaram em Pessene mas, aqui só passa só” disse Baptista.

Segundo o Director   de Serviços Distrital de Planeamento e Infraestruturas de Moamba, António Ribeiro, não constitui verdade que Tenga não tem acesso a água potável. “Não é verdade que a população de Tenga têm consumido água impropria, Pessene e Tenga estão a receber água em boas condições e melhor que a dos outros pontos, pois, é a água que está a sair da estação de tratamento de Corrumana, a mesma qualidade de água da Cidade de Maputo e Matola. Então é a mesma consumida em Tenga.

Ribeiro acrescenta ainda que para mitigar a problemática da falta de água em Tenga foram construídas condutas para distribuir água naquela localidade. “Do sistema que temos em Pessene foi possível uma a colocação de condutas para poder levar água até a zona de Tenga”.

De Salientar que o acesso à água potável é uma necessidade humana fundamental e é um direito humano básico para a sobrevivência do homem, segundo o relatório do fundo das nações unidas para infância (UNICEF) e da organização mundial da saúde (OMS) e há mais de cinquenta anos que os moradores de Tenga vê-se excluídos desse direito.

Créditos: Noémea Mendes e Sandra Vilanculos

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