Prevalece longa fila para Diagnóstico e Tratamento de Cancro da Mama nos Hospitais Públicos

Após a veiculação da matéria Dilema de Pacientes com Cancro de Mama e Diabetes, no dia 8 de Abril nas plataformas de  MídiaLab (ML),   duas pacientes que deram entrevista, afirmam que ainda continuam na fila de atendimento para a cirurgia e diagnóstico.

Zaida, residente em Nampula, foi diagnosticada com cancro de mama em 2019 e no último contacto encontrava-se em estado grave e espera por um desfecho no hospital público da mesma província.-“Estou a perder sangue através da mama e ainda dependo da transfusão de sangue’’.- Reiterou Zaída.

Gabriela, de nome fictício, apresenta sintomas de cancro de mama e tinha uma consulta de rastreio do marcada para Março, mas foi remarcada para Junho do corrente ano. ‘’Não me disseram porquê adiaram o exame de palpação de mama’’.

Oncologista e Representante do Programa Nacional do Controle de Cancro, Narciso Sitoe, reconhece que o deficit de profissionais especializados em oncologia pode contribuir para o diagnóstico tardio de cancro da mama. O país tem apenas cinco oncologistas, dos quais três na cidade, um cidade da Beira e o quinto na província de Nampula.  

Segundo a última actualização do Ministério da Saúde tornada pública em 2019, 17 mil pessoas perderam a vida dum total de 25 mil casos de cancro da mama registados de 2015 a 2019 o que significa que duma média de 17 diagnósticos diários apenas 6 pessoas sobreviveram ao Cancro.